sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

BAIXOU A DESORDEM NO TERREIRO DA ORDEM DOS CARTÉIS. ACORDEM, BACHARÉIS !

Artigo
João Paulo Dantas


O país, matriz dos cartéis, tem três vezes mais bacharéis de direito, com “defeito” para exercerem a função, do que advogados exercendo a profissão, dado ao alto índice de reprovação do chamado “exame da ordem”, que é, na verdade, uma desordem total, e um belo de um imbróglio inconstitucional, mas, agora, legal, segundo o Supremo Tribunal.

Não bastasse tal sandice ilegal, a OAB, numa campanha nacional, tem conseguido, inclusive, e de formas inexplicáveis, a esquisitice de impedir o credenciamento de novos cursos, com recursos escusos, de abusos inaceitáveis. Caso aceitemos a OAB fazer a fiscalização da educação, a exceção estará configurada, e aí o estouro da boiada vai ser uma carnificina; o CRM vai querer “fiscalizar” a medicina, e com respaldo, e o saldo da inconseqüência vai ser a total ruína da coerência, e a completa e brutal chacina da livre concorrência.

A OAB está se achando juiz e julgando que tudo o que ela diz é correto, e tem até um projeto de ”Ranking” para Brasil, que é um decreto de que cada bacharel é um imbecil. A entidade, que baixa sem terreiro, se acha celeiro do saber absoluto e dona da razão, ao dizer, com sermão, se o cristão formado tem ou não atributo para exercer a profissão. O quesito salvo-conduto, um esquisito e astuto esquema, algema o candidato a advogado, e o coitado vira refém do amém de um regimento, onde o sofrimento é a tábua da salvação, já que para a ordem, a busca da qualidade está acima da legalidade, mas, na verdade, o estatuto do saber pouco importa, basta apenas que o candidato, de fato, reconheça que a Ordem é o cabrito cuidando da horta.

Nua e crua, a realidade tem o seu bem elaborado legado clientelista, uma vez que além da sua duvidosa constitucionalidade, a obrigatoriedade do exame é, na verdade, o vexame de um descarado domínio calculista de mercado, para o advogado devidamente credenciado, já que as elitistas Escolas de Advogacia, primazia da entidade dos juristas, não entram nas listas das penalidades, por obra e graça, certamente, da manobra eficiente das “sumidades” fisiologistas.

Um comentário:

  1. Essa história de "Exame da Ordem" é a tipica piadao do poste fazer xixi no cachorro. Invertaram-se os papéis. A OAB "condecora" as Universidades que conseguem um bom índice de aprovação de seus acadêmicos de Direito. Agora, a pergunta que não quer calar: Os "doutores" da Ordem, que aplicam as "provas" aos imbecis que estudaram cinco anos, foram formados onde? Na Lua ? Em Marte ? Ou nas mesmas universidades de onde estão saindo os "imbecis" bacharéis? Aff !

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