quarta-feira, 30 de março de 2011

LIESJHO QUINZE ANOS: A CONSAGRAÇÃO DO CARNAVAL

A idéia de criar a Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d`Oeste, há quinze anos atrás, era a de seguir o exemplo do Rio de Janeiro, que doze anos antes, em 1984, sob a liderança de Luizinho Drumond, Presidente da Escola Imperatriz Leopoldinense e de Anízio Abrahão, Presidente da Beija Flor, havia criado a LIESA – Liga Independente das Escolas do Rio de Janeiro, formada pelas principais agremiações carioca. A criação da Liga carioca e a construção do sambódromo foram duas das mais importantes conquistas do carnaval do Rio de Janeiro, e graças à essas iniciativas o evento se tornou atração internacional.

Em Joaçaba, na liderança do processo de criação da LIESJHO-Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d´Oeste, estavam o Vice-Prefeito Armindo Haro Neto; o Secretário de Educação do Município Darcy Laske; o Presidente da Escola Aliança, César Junqueira; o Presidente da Escola Vale Samba, Osvaldo Colombo; o Presidente da Escola de Samba Unidos do Herval, Ricardo Nodari; o Diretor Técnico dos Desfiles, Ademar Bittencourt; o jornalista João Paulo Dantas, Diretor de Comunicação; e o radialista Nelson Paulo dos Santos, Diretor de Promoção.

Com a criação da LIEJHO, os desfiles das escolas de samba passaram para um outro patamar e várias foram às mudanças e as conquistas, o que conseqüentemente deu maior grandeza ao espetáculo. As escolas passaram a receber participação na venda de ingressos, nos direitos de merchandising da Avenida, e os aspectos técnicos e organizacionais surpreenderam até mesmo os mais experientes carnavalescos do Brasil, como o Dr. Hiran Araújo, Diretor de Cultura da LIESA, que esteve em Joaçaba participando de um Seminário, que marcava a criação da Liga, e depois como jurado dos desfiles.

O primeiro passo da Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d`Oeste foi promover um Seminário sobre carnaval de desfile de escola de samba, e para tanto o então Secretário de Educação do Município, Darcy Lask viabilizou um convênio com a UERJ-Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e esta com a RIOTUR e a LIESA para que fosse possível a vinda a Joaçaba de renomados profissionais do mundo do carnaval. Na época, o atual Diretor Cultural da LIESA, Hiran Araújo, autor de vários livros sobre Carnaval, já ficou impressionado com o envolvimento da comunidade com o carnaval, e com o nível das escolas de samba. “Olha, eu estou até surpreso com o que eu encontro aqui em Joaçaba. Com toda a sinceridade, eu não esperava ver isso, não. Vocês, realmente, estão fazendo um belo trabalho e estão de parabéns pelo nível das Escolas e da organização do evento também, e, principalmente, pela preocupação em espelhar-se no Rio de Janeiro, que é, realmente, a referência maior dessa cultura. E Seminários como este, que são raros por esse Brasil afora, mesmo com várias cidades promovendo desfiles, certamente, darão importantes contribuições para a evolução que vocês estão, corretamente, buscando, e vão servir de norte para as futuras gerações, que saberão muito bem cultivar, neste solo propício, essa tenra semente, que pelo que fui informado, foi plantada há muito anos”, destacou o historiador.

O surgimento da Liga das Escolas de Samba se deve muito ao esforço pessoal do então Presidente da Escola de Samba Aliança, César Junqueira. Além do ótimo trabalho que ele já fazia na escola, também foi, posteriormente, um dos mais atuantes Presidentes da Liga, e um dos responsáveis pelos primeiros avanços do evento. E ele sempre teve a convicção de que, em determinado momento, era preciso abandonar a disputa direta para abraçar a união, em prol do objetivo maior, que era as escolas: “Eu acreditei, desde o início, que a melhor forma de dar grandeza à disputa das escolas, era, contraditoriamente, a união delas. Eu via, como ainda vejo até hoje, positiva a rivalidade sadia; mas, sempre defendi, com firmeza, que após os confrontos dos desfiles, que na maioria das vezes geram polêmicas, era preciso serenidade para que pudéssemos avançar nas conquistas, que já eram muitas. Então, mesmo às vezes enfrentando discordância de algumas pessoas até da minha escola, as minhas decisões visavam sempre o benefício coletivo, e, por isso, tenho certeza de que dei uma boa parcela de contribuição para o grande espetáculo que hoje assistimos.”

A presença de César Junqueira, como Presidente da Liga, a participação da família Fett, como principal colaboradora da escola Aliança; e as transmissões dos desfiles das escolas de samba pela televisão, criaram um novo conceito na disputa entre as escolas, e a partir de então o carnaval de Joaçaba tornou-se o principal evento do gênero no Estado de Santa Catarina, atraindo a atenção de um público expressivo que passou a ver o espetáculo com mais entusiasmo, os assistindo na Avenida ou através da televisão.

A Liga Independente das Escolas de Samba é, na verdade, uma entidade, de direito privada, formada através da composição de sócios permanentes individuais, os quais têm direitos a voto, como fundadores, e pelos Presidentes das escolas, entidades que são admitidas como “sócias-convidadas” Qualquer escola de samba para participar da Liga terá de ter a aprovação, a priori, dos sócios fundadores, e dos representantes legais das escolas já integrantes da entidade, e cumprir com alguns requisitos do regulamento do desfile, que prevê exigências de números de desfilantes na ala das baianas, na bateria e na quantidade de alegorias.

Por determinação do Estatuto da entidade, a Diretoria Executiva deve ser, necessariamente, composta pelos Presidentes das escolas associadas, e todas as atividades alusivas ao carnaval são determinadas pela Liga, a quem compete a política de execução dos desfiles, dividida em administrativa, técnica e promocional. Para um dos fundadores da Liga e Diretor Técnico dos Desfiles, Ademar Bittencourt, essa formatação “foi a decisão mais acertada para que o evento pudesse ganhar a projeção que ganhou em tão pouco tempo. Sistematizar o carnaval, de forma mais profissional, foi a melhor coisa para evitar que o mesmo pudesse sofrer solução de continuidade, como já há havia ocorrido no passado, em função da falta de interesse do poder público com relação à sua realização".

O Dr. Gilmar Antônio Bonamigo, ao assumir a Liga deu um novo conceito à entidade, criando mecanismos para a sua solidificação e profissionalização. Desde a sua posse, a participação das escolas tem sido mais acentuada, e a busca por recursos vem aumentando e há uma expressiva redução de custos para a execução do evento. Por outro lado, Bonamigo, paralelamente a reestruturação da Liga que também dar início a um projeto amplo, visando o resgate da memória do carnaval de Joaçaba. Esse processo já foi iniciado, principalmente tendo por base a criação da Liga Independente das Escolas de Samba, em 1996, com um acervo, composto por fotos, fantasias, vídeos e livros, com um pouco da história da trajetória das agremiações o que, segundo ele é indispensável e imprescindível: “Em um primeiro momento na Liga, a preocupação, mais do que justa, foi com o aspecto financeiro, para que a mesma pudesse dar mais condições às escolas e ao próprio evento. Aliás, esse aspecto é ainda muito preocupante, já que os custos para a realização e manutenção das escolas são elevados, e, portanto, não se pode ter descuido nessa área. Por outro lado, a trajetória do nosso carnaval já merece ser contemplada de uma forma mais acentuada, e nesse sentido é que pretendemos continuar, visando resgatar a história do nosso carnaval e das nossas escolas de samba, através de um acervo que possa espelhar fielmente essa realidade, e que também sirva de fonte de referência para as futuras gerações de adeptos do carnaval”, frisa Gilmar Bonamigo, Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba.

A idéia de criar a Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d`Oeste, era a de seguir o exemplo do Rio de Janeiro, que doze anos antes, em 1984, sob a liderança de Luizinho Drumond, Presidente da Escola Imperatriz Leopoldinense e de Anízio Abrahão, Presidente da Beija Flor, havia criado a LIESA – Liga Independente das Escolas do Rio de Janeiro, formada pelas principais agremiações carioca. A criação da Liga carioca e a construção do sambódromo foram duas das mais importantes conquistas do carnaval do Rio de Janeiro, e graças à essas iniciativas o evento se tornou atração internacional.

Em Joaçaba, na liderança do processo de criação da LIESJHO-Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d´Oeste, estavam o Vice-Prefeito Armindo Haro Neto; o Secretário de Educação do Município Darcy Laske; o Presidente da Escola Aliança, César Junqueira; o Presidente da Escola Vale Samba, Osvaldo Colombo; o Presidente da Escola de Samba Unidos do Herval, Ricardo Nodari; o Diretor Técnico dos Desfiles, Ademar Bittencourt; o jornalista João Paulo Dantas, Diretor de Comunicação; e o radialista Nelson Paulo dos Santos, Diretor de Promoção.

Com a criação da LIEJHO, os desfiles das escolas de samba passaram para um outro patamar e várias foram às mudanças e as conquistas, o que conseqüentemente deu maior grandeza ao espetáculo. As escolas passaram a receber participação na venda de ingressos, nos direitos de merchandising da Avenida, e os aspectos técnicos e organizacionais surpreenderam até mesmo os mais experientes carnavalescos do Brasil, como o Dr. Hiran Araújo, Diretor de Cultura da LIESA, que esteve em Joaçaba participando de um Seminário, que marcava a criação da Liga, e depois como jurado dos desfiles.

O primeiro passo da Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d`Oeste foi promover um Seminário sobre carnaval de desfile de escola de samba, e para tanto o então Secretário de Educação do Município, Darcy Lask viabilizou um convênio com a UERJ-Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e esta com a RIOTUR e a LIESA para que fosse possível a vinda a Joaçaba de renomados profissionais do mundo do carnaval. Na época, o atual Diretor Cultural da LIESA, Hiran Araújo, autor de vários livros sobre Carnaval, já ficou impressionado com o envolvimento da comunidade com o carnaval, e com o nível das escolas de samba. “Olha, eu estou até surpreso com o que eu encontro aqui em Joaçaba. Com toda a sinceridade, eu não esperava ver isso, não. Vocês, realmente, estão fazendo um belo trabalho e estão de parabéns pelo nível das Escolas e da organização do evento também, e, principalmente, pela preocupação em espelhar-se no Rio de Janeiro, que é, realmente, a referência maior dessa cultura. E Seminários como este, que são raros por esse Brasil afora, mesmo com várias cidades promovendo desfiles, certamente, darão importantes contribuições para a evolução que vocês estão, corretamente, buscando, e vão servir de norte para as futuras gerações, que saberão muito bem cultivar, neste solo propício, essa tenra semente, que pelo que fui informado, foi plantada há muito anos”, destacou o historiador.

O surgimento da Liga das Escolas de Samba se deve muito ao esforço pessoal do então Presidente da Escola de Samba Aliança, César Junqueira. Além do ótimo trabalho que ele já fazia na escola, também foi, posteriormente, um dos mais atuantes Presidentes da Liga, e um dos responsáveis pelos primeiros avanços do evento. E ele sempre teve a convicção de que, em determinado momento, era preciso abandonar a disputa direta para abraçar a união, em prol do objetivo maior, que era as escolas: “Eu acreditei, desde o início, que a melhor forma de dar grandeza à disputa das escolas, era, contraditoriamente, a união delas. Eu via, como ainda vejo até hoje, positiva a rivalidade sadia; mas, sempre defendi, com firmeza, que após os confrontos dos desfiles, que na maioria das vezes geram polêmicas, era preciso serenidade para que pudéssemos avançar nas conquistas, que já eram muitas. Então, mesmo às vezes enfrentando discordância de algumas pessoas até da minha escola, as minhas decisões visavam sempre o benefício coletivo, e, por isso, tenho certeza de que dei uma boa parcela de contribuição para o grande espetáculo que hoje assistimos.”

A presença de César Junqueira, como Presidente da Liga, a participação da família Fett, como principal colaboradora da escola Aliança; e as transmissões dos desfiles das escolas de samba pela televisão, criaram um novo conceito na disputa entre as escolas, e a partir de então o carnaval de Joaçaba tornou-se o principal evento do gênero no Estado de Santa Catarina, atraindo a atenção de um público expressivo que passou a ver o espetáculo com mais entusiasmo, os assistindo na Avenida ou através da televisão.

A Liga Independente das Escolas de Samba é, na verdade, uma entidade, de direito privada, formada através da composição de sócios permanentes individuais, os quais têm direitos a voto, como fundadores, e pelos Presidentes das escolas, entidades que são admitidas como “sócias-convidadas” Qualquer escola de samba para participar da Liga terá de ter a aprovação, a priori, dos sócios fundadores, e dos representantes legais das escolas já integrantes da entidade, e cumprir com alguns requisitos do regulamento do desfile, que prevê exigências de números de desfilantes na ala das baianas, na bateria e na quantidade de alegorias.

Por determinação do Estatuto da entidade, a Diretoria Executiva deve ser, necessariamente, composta pelos Presidentes das escolas associadas, e todas as atividades alusivas ao carnaval são determinadas pela Liga, a quem compete a política de execução dos desfiles, dividida em administrativa, técnica e promocional. Para um dos fundadores da Liga e Diretor Técnico dos Desfiles, Ademar Bittencourt, essa formatação “foi a decisão mais acertada para que o evento pudesse ganhar a projeção que ganhou em tão pouco tempo. Sistematizar o carnaval, de forma mais profissional, foi a melhor coisa para evitar que o mesmo pudesse sofrer solução de continuidade, como já há havia ocorrido no passado, em função da falta de interesse do poder público com relação à sua realização".

O Dr. Gilmar Antônio Bonamigo, ao assumir a Liga deu um novo conceito à entidade, criando mecanismos para a sua solidificação e profissionalização. Desde a sua posse, a participação das escolas tem sido mais acentuada, e a busca por recursos vem aumentando e há uma expressiva redução de custos para a execução do evento. Por outro lado, Bonamigo, paralelamente a reestruturação da Liga que também dar início a um projeto amplo, visando o resgate da memória do carnaval de Joaçaba. Esse processo já foi iniciado, principalmente tendo por base a criação da Liga Independente das Escolas de Samba, em 1996, com um acervo, composto por fotos, fantasias, vídeos e livros, com um pouco da história da trajetória das agremiações o que, segundo ele é indispensável e imprescindível: “Em um primeiro momento na Liga, a preocupação, mais do que justa, foi com o aspecto financeiro, para que a mesma pudesse dar mais condições às escolas e ao próprio evento. Aliás, esse aspecto é ainda muito preocupante, já que os custos para a realização e manutenção das escolas são elevados, e, portanto, não se pode ter descuido nessa área. Por outro lado, a trajetória do nosso carnaval já merece ser contemplada de uma forma mais acentuada, e nesse sentido é que pretendemos continuar, visando resgatar a história do nosso carnaval e das nossas escolas de samba, através de um acervo que possa espelhar fielmente essa realidade, e que também sirva de fonte de referência para as futuras gerações de adeptos do carnaval”, frisa Gilmar Bonamigo, Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba.

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