quarta-feira, 24 de novembro de 2010

HERVALÊS: O LINGUAJAR QUE HERVAL FEZ

Samba de Enredo:
HERVALÊS: O LINGUAJAR QUE HERVAL FEZ

Letra:
João Paulo Dantas



Todos à bordo, vamos viajar...
Nos trilhos da história, relembrar,
Foi na Estação que tudo aconteceu,
O Larfiar nasceu e a ferrovia foi o
apogeu...!
Tinha maleiro, taxista e passageiro,
Maquinista, mascate e biscateiro,
Trem bananeiro, engraxate e artesão...
E no kióski, lá atrás do balcão,
O João Kalinóski e o pai do Carlão.

No campo do Baréa, o futebol,
(De sol-a-sol) até ao anoitecer,
Roubo de frutas lá na "zárquia" dos Bareta,
E as caretas do "francês" Demolinêr.
O "seu" Lovato, e o velho Bodegão,
Hotel União, a prainha, as lavadeiras,
O cineminha do Saraiva e as domingueiras,
As cachoeiras, poço rico, assombração,
Jornal Ferrão, o Cipriano e as benzedeiras,
E as brincadeiras de "bulirca" na Estação.

Estaronse, sirne ?
Que trem croilo é cerde, mole?
Não é Corance?
Não, morne, é do trenísio,
Que a Dragonísio vai larfiar,
E levar a "Eslórquia" pro lado de lá.

Das lembranças da "maronguia" cobiçada,
"Murfiada" contente lá no Rio,
Ficou apenas a saudade de presente,
De um passado que há muito já partiu.
Cada imagem desse tempo é um retrato
De um fato na viagem da história,
E a herança é paisagem de esperança,
Guardada na memória de criança.

Mas, enfim assim chegou o dia,
O trilho-guia perdeu o seu brilho...
E no fim da linha; o ponto final.
Mas tudo isso foi só fantasia,
E o trem da alegria hoje é o carnaval.

O Tio Sam mandou o trem,
(Mas que legal...)
O caboclo se revoltou,
(Pegou mal...)
Mas depois da Revolução,
É que o "trem ficou bão"
E nasceu a Estação Herval.

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