segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AMAZÕNIA: PRESERVAR É PRECISO !

Samba de Enredo
Autor: João Paulo Dantas

Essa história do enredo é um segredo,
De uma lenda diferente...
Que fez do seu próprio mundo,
Um ser fecundo e muito atraente.
Ali... a vida era,
Um ritual de alegria....
Onde a revoada rompia a madrugada,
Em rotineira sinfonia.

(Nas águas...)
Nas águas Curuanãs...
E com eles, Cunhatãs a cantar,
Colhendo Muiraquitãs,
Fazendo o Amazonas brilhar.
Piracema, lendas, mitos,
Ritos de outra dimensão...
Vitória Régia, Boitatá,
E a Iara a mergulhar,
Nas águas da imensidão.

Encantar, sonhar...Entoar o canto,
Despertar o manto da Preservação (bis)

(Mas foi...)
Foi bem antes da colonização,
Que os exploradores se aventuraram,
E exploraram essa opulenta “civilização do Eldorado”.
E na extração da nova Era,
O Seringal foi transformado,
Na Mata, no lugar da Tapera,
Surgiu um Palácio iluminado,
O Teatro em sonho de primavera,
Era o futuro relembrando o seu passado.

Caprichoso, Boi sabido, bem nascido,
O seu mugido é um batuque de tambor,
E o Contrário, adversário atrevido,
É Boi manhoso, Garantido, encantador.
“No Seringal, seringueiro, seringueira a seringar;
Chico Mendes da Floresta Rio-Mar” ! (bis

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PRA QUANDO EU MORRER

Autor:
João Paulo Dantas

É, devemos encarar a fatalidade;
(de frente...).
O samba é uma Entidade,
(Vive para a eternidade...)
Sambista que morre é semente,
E o Show tem de continuar...
(Eternamente...)
Essa é a realidade !

MARIA DOS PRAZERES E SEUS NOVOS AFAZERES !

Refrão-Homenagem
Autor: João Paulo Dantas

“A bateria de Arcanjos e Serafins,
Não tem mais Harpas, nem Liras ou afins,
E agora se inspira em Surdos, Repiniques e Tamborins,
E a Via Celestial virou Avenida de Carnaval,
Para a Alegria Geral de Anjos e Querubins...!

BAIXOU A DESORDEM NO TERREIRO DA ORDEM DOS CARTÉIS. ACORDEM, BACHARÉIS !

Artigo
João Paulo Dantas


O país, matriz dos cartéis, tem três vezes mais bacharéis de direito, com “defeito” para exercerem a função, do que advogados exercendo a profissão, dado ao alto índice de reprovação do chamado “exame da ordem”, que é, na verdade, uma desordem total, e um belo de um imbróglio inconstitucional, mas, agora, legal, segundo o Supremo Tribunal.

Não bastasse tal sandice ilegal, a OAB, numa campanha nacional, tem conseguido, inclusive, e de formas inexplicáveis, a esquisitice de impedir o credenciamento de novos cursos, com recursos escusos, de abusos inaceitáveis. Caso aceitemos a OAB fazer a fiscalização da educação, a exceção estará configurada, e aí o estouro da boiada vai ser uma carnificina; o CRM vai querer “fiscalizar” a medicina, e com respaldo, e o saldo da inconseqüência vai ser a total ruína da coerência, e a completa e brutal chacina da livre concorrência.

A OAB está se achando juiz e julgando que tudo o que ela diz é correto, e tem até um projeto de ”Ranking” para Brasil, que é um decreto de que cada bacharel é um imbecil. A entidade, que baixa sem terreiro, se acha celeiro do saber absoluto e dona da razão, ao dizer, com sermão, se o cristão formado tem ou não atributo para exercer a profissão. O quesito salvo-conduto, um esquisito e astuto esquema, algema o candidato a advogado, e o coitado vira refém do amém de um regimento, onde o sofrimento é a tábua da salvação, já que para a ordem, a busca da qualidade está acima da legalidade, mas, na verdade, o estatuto do saber pouco importa, basta apenas que o candidato, de fato, reconheça que a Ordem é o cabrito cuidando da horta.

Nua e crua, a realidade tem o seu bem elaborado legado clientelista, uma vez que além da sua duvidosa constitucionalidade, a obrigatoriedade do exame é, na verdade, o vexame de um descarado domínio calculista de mercado, para o advogado devidamente credenciado, já que as elitistas Escolas de Advogacia, primazia da entidade dos juristas, não entram nas listas das penalidades, por obra e graça, certamente, da manobra eficiente das “sumidades” fisiologistas.

República das Aranhas

Mini-Teatro
Autor: João Paulo Dantas


(Antes de começar, conversas “off”)
Jornalista 1
(É, acho que vai ser tipo assim, uma coletiva de imprensa)
Jornalista 2
Mas, me disseram que será algo assim a la Machado de Assis.
(Entra o Assessor de Imprensa)
Assessor de Imprensa
Atenção, atenção, senhoras e senhores !
Como assessor de imprensa, eis que me fora dada, pelas canônicas araquinídeas, o dever de dar conhecimento a todos sobre a mais importante pesquisa cientifica dos últimos séculos, através dessa entrevista coletiva.

Jornalistas
Óhhhhhhhhhhhhh

Assessor de Imprensa
O nosso cônego AraKem, aqui, em carne e osso, acaba de construir para a nossa Sereníssima República o melhor sistema eleitoral dos séculos dos séculos dos séculos.

Jornalista 2
É Eco ?

Jornalista 3
Não, não. E nem gagueira. É reforço de semântica.

Assessor de Imprensa
Com as senhoras e com os senhores, cônego Arakem.

Arakem

Senhores jornalista! Apesar da Globo preferir noticiar a descoberta da linguagem fônica dos insetos, feita por um inglês; eu vos digo: eu aprendi o Aracnide, o idioma das aranhas. Mas, isso não é o objeto da minha entrevista, e nem tão pouco tenho a pretensão de ressalvar os direitos da ciência nacional, pois a minha obra é muito maior do que a possível descoberta inglesa.
Repórter 1
Dr. AraKem, a pesquisa do inglês está consolidada....

Repórter 2
É, Dr. Até a Veja já publicou.

AraKem
Fônica dos insetos é moleza. Idioma das aranhas, não é tão fácil aprender, mas é possível. Agora, eu pergunto, aos senhores jornalistas. E organizar um sistema pros bichinhos, heim? Pensa que é moleza? Pois então, foi isso que eu fiz, além de “aracnizar” com elas.

Repórter 4
O senhor quer nos dizer que, além de falar a língua das aranhas, o senhor organizou uma forma de governo aracnídeo ?

Arakem
Isso, meu rapaz. Isso mesmo, e com um sistema eleitoral. E precisava de algo diferente, já que muitos dos existentes pareciam-me bons, alguns excelentes, mas todos tinham contra si o existirem. Mas, optei pela forma a La Veneza, aquele dos sacos e bolas. Alguém já ouviu falar?

Jornalistas (todos)
Nãoooooooooooooo !

AraKem
Era o que eu imaginava. Bom, segundo Machado de Assis, “ele exclui os desvarios da paixão, os desazos da inépcia, o congresso da corrupção e da cobiça”... Mas não foi só por isso que o aceitei; tratando-se de um povo tão exímio na fiação de suas teias, o uso do saco eleitoral era de fácil adaptação, quase uma planta indígena.

Jornalista 4
E esse novo sistema tem nome?

AraKem
Sim, sim, tem. Sereníssima República.
Jornalistas (todos, repetem)
Sereníssima República!

AraKem
Não é nada fácil, é preciso uma paciência de Penélope. (essa vocês não conhecem, também, né?). Também já imaginava...

Jornalista, (todos)
(balançam a cabeça, negativamente)

AraKem
Pois bem. Desde que compreendeu que no ato eleitoral estava a base da vida pública, a jovem República aracnídia tratou de exercê-lo com a maior atenção. E o fabrico do saco foi uma ação nacional. Uma obra-prima; um processo eleitoral simples.

Jornalista 6
E o sistema funciona?

AraKem
A eleição fez-se a princípio com muita regularidade; mas, logo depois, um dos legisladores declarou que ela fora viciada, por terem entrado no saco duas bolas com o nome do mesmo candidato. Muda-se o formato do saco.

Jornalista 2
Qualquer semelhança com os votinhos nossos de antigamente, é mera coincidência...

AraKem
Aconteceu, porém, que na eleição seguinte, um candidato deixou de ser inscrito na competente bola, não se sabe se por descuido ou intenção do oficial público. Altera-se o formato do saco.

Jornalista
Que saco, heim !

AraKem
Não é nem preciso dizer que houve reclamações. Do partido retilíneo e do partido curvilíneo. Ah, explicando essas denominações: Como elas (as aranhas) são, principalmente, geômetras, é a geometria que as divide em política.
Umas entendem que a aranha deve fazer as teias com fios retos: é o partido retilíneo; outras pensam, ao contrário, que as teias devem ser trabalhadas com fios curvos: é o partido curvilíneo. Há, ainda, um terceiro partido, misto e central, com este postulado: as teias devem ser urdidas de fios retos e fios curvos: é o partido reto-curvilíneo; e finalmente, uma quarta divisão política, o partido anti-reto-curvilíneo, que propõe o uso de teias urdidas de ar, obra transparente e leve, em que não há linhas de espécie alguma.

Jornalista 3
Valei-me, senhor. Deus é mais !

AraKem
Para uns, a linha reta exprime os bons sentimentos, a justiça, e a probidade; ao passo que os sentimentos ruins ou inferiores, como a bajulação, a fraude, a deslealdade, e a perfídia, são perfeitamente curvos. Os adversários respondem que não; que a linha curva é a da virtude e do saber, porque é a expressão da modéstia e da humildade; ao contrário, e a ignorância, são retas, duramente retas.
O terceiro partido, menos anguloso, menos exclusivista, desbastou a exageração de uns e outros, combinou os contrastes, e proclamou a simultaneidade das linhas como a exata cópia do mundo físico e moral. O quarto limita-se a negar tudo.


Jornalista 4 (fazendo um comentário...)
Vai do DEM ao PSD, passando pelo PC do B...

Jornalista 5
Ou de Licurgo, na Esparta a Solón, em Atenas, passando por Sérvio Túlio, em Roma...

Jornalista 2
Nem Majoritária, nem Proporcional. É a caótica eleitoral.

AraKem
Aumenta saco, diminui saco. E haja saco pra tantas bolas. Mas, abusos, descuidos e lacunas tendem a desaparecer, e o restante terá igual destino, não inteiramente, pois a perfeição não é deste mundo. Pelo menos na medida e nos termos do conselho de um dos grandes sábios da minha república, Erasmus, (conhecem ?).

Jornalistas (todos)
Nãoooooooooooooo !

AraKem
Também já imaginava. Pena que, pelo curto espaço de tempo, sinto não poder proferir-vos integralmente, o seu último discurso, e somente resumi-lo: Encarregado de notificar a última resolução legislativa da Sereníssima República às dez damas incumbidas de urdir o saco eleitoral, Erasmus contou-lhes a fábula de Penélope, que fazia e desfazia a famosa teia, à espera do esposo Ulisses:

— Vós sois, disse Erasmus, a Penélope da nossa República; tendes a mesma castidade, paciência e talento. Refazei o saco, amigas minhas, refazei o saco, até que Ulisses, cansado de dar às penas, venha tomar entre nós o lugar que lhe cabe: a Sapiência.

Boa noite, e obrigado a todos!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A QUIMERA DA EVOLUÇÃO OPERA MILAGRE NA ERA DA DOAÇÃO

Samba de Enredo
Autores:
João Paulo Dantas
Éric Fanuel
Willian Navega



VIVER, SORRIR, AMAR.
HOJE A KIZOMBA NASCE PARA RENOVAR,
NOS BRAÇOS DA MITOLOGIA,
TRAZENDO A SOLIDARIEDADE PRA FOLIA

OLHAR PERFEITO, DIFERENTE, É O MOAI,
DE ONDE A CURA NÃO TEM REJEIÇÃO
E A MARAVILHA DA MULHER É IDEAL,
DIANA É MITO, É QUADRINHO, É CARNAVAL

DAS CURANDEIRAS, A PAIXÃO, PELA CULTURA; RELIGIÃO;
PULSA NO PEITO, O SOL...A CHAMA DA RAZÃO,
A LUA, DEUSA DA RESTAURAÇÃO !

UM GENE MOSTRA TUDO O QUE SOMOS;
NOSSA DOAÇÃO É VIDA, PROVA DE AMOR AO IRMÃO,
MINHA KIZOMBA É UM CORPO A BAILAR
E A BATERIA, MEU CORAÇÃO...
PULSA NO PEITO DE UM JEITO DIFERENTE
E LEVA EM FRENTE O MEU DIREITO DE CANTAR,
NUM SHOW DIVINO DE VISÃO E DE RAZÃO,
DE CARIDADE, DE VERDADE E DE EMOÇÃO.

KIZOMBA É RAÇA, É GRITO, É PAZ;
NO CARNAVAL EU QUERO MAIS...
NO QUESITO EMOÇÃO,
FAZER DO RITO UMA EVOLUÇÃO !

KIZOMBA DE FÉ !

Samba-Exaltação
Autor: João Paulo Dantas

A Kizomba é
Um Tesouro de Fé,
Com um Lago aos seus Pés,
(Em Elevação...!)
Que Deus a Ilumine e Proteja,
E que as Torres da Igreja,
Sejam Luzes de Inspiração.

Amarelo e Preto,
(De Berço é Minha Cor)
Nas Veias Permeiam,
Calor e Paixão,
Kizomba é, Amor,
A Voz do Coração !

Minha Bateria Chegou,
Kizomba Real Eu Sou....
(Sou.....Filha...)
Da Magia da Tradição,
(Revelação e Ousadia...),
Sou a Evolução Dessa Folia

JASC CONCÓRDIA - CHAMA DE PAZ

Jingle Promocional
Autor: João Paulo Dantas



Inspirado em Atenas,
Um Sonho Apenas nos Iluminou....
Chama Perene,
Simbólica Paz,
Que Hoje nos Traz,
Radiante Esplendor.

É a Chama Tenaz,
Luz que está Presente,
Simbólica Paz,
Paixão Vital,
Acesa Lembrança,
Atração Fatal...

Loc:
Jasc Concórdia – Chama de Paz !

PLANETA JASC

Jingle Promocional
Autor: João Paulo Dantas


No Rastro dos Astros do Esporte
Bate mais Forte a Emoção,
E a Chama que Emana do Abraço,
Abre o Espaço para a Imaginação.

Na Pira que Inspira a Conquista,
Está à Vista o Olímpico Ideal,
E no Pódio sem Ódio a Vitória,
Troféu e Glória do Sonho Real.


Loc. Planeta Jasc-Terra de Astros !

JASC SONHOS

Jingle Promocional
Autore: João Paulo Dantas



Venha vibrar com os amigos,
Neste clima de fraternidade,
Venha sentir Joaçaba
Entre o sonho e a realidade

Sonho que Arthur Schllesser,
Tirou lá do fundo do seu coração,
Jogos Abertos de Santa Catarina,
Viva essa grande emoção...

Encontro anual de gigantes,
Num abraço fraterno e cordial,
Evento eloqüente e importante,
Para o esporte nacional.

Viva essa grande emoção,
Sob a tocha que aquece e ilumina,
Jasc, Jogos Abertos de Santa Catarina,
Jasc, Jogos Abertos de Santa Catarina
Jasc, Jogos Abertos de Santa Catarina

ITA - DEUSA DA LUZ !

Jingle Promocional
Autor: João Paulo Dantas


Nesse Solo Abençoado,
Por Apollo Iluminado,
Zeus a Terra Clareou.

(Ôooooooou....)

Nasceu o Dia,
Magia,
Sublime Emoção,
Explosão de Alegria,
Divina Inspiração.
A Luz da Criação,
O Homem Copiou...!
(Ôôuuuu... Alquimia !)

Ita se Inspirou na Divindade,
E com Criatividade,
Das Águas fez Energia,
Essa Fonte que Irradia,
A Força da Eletricidade !

Das Profundezas do Chão,
A Natureza em Ebulição,
Faz Jorrar uma Riqueza...


É Ita, essa Cidade,
Onde a Felicidade,
É Fonte de Inspiração...
Uma Chama que Propaga,
Que Emana e não se Apaga,
E Ilumina a Criação.... !
Sendas das Veias da História,
Lendas das Teias da Memória,
Dos Tempos Ancestrais...
Virgens Ninfas em Cortejos,
Vertigens de Desejos,
De Deuses Imortais...

Refrão

Como a Deusa da Luz ...
Hoje Itá nos Seduz,
Com suas Águas Termais !
(Uma Arcádia de Fontes,
Montes, e Horizontes,
Belezas Naturais...)

ITA LUZ - FONTE DE INSPIRAÇÃO !

Samba de Enredo

Autor: João Paulo Dantas


Nas Entranhas do Vulcão,
A Estranha Eclosão,
Alterou o Infinito...
Fez-se Vulcano um Deus,
E a Força de Zeus,
Projetou esse Mito...

Esse Solo Abençoado,
Por Apollo Iluminado,
Já foi Terra de Tuãi...
Fez da Luz sua Energia,
(Que Conduz uma Magia...)
E hoje Brilha o Amanhã !

Das Profundezas do Chão,
A Natureza em Ebulição,
Fez Jorrar uma Riqueza...
Explosão de Alegria,
Emoção que Irradia,
A Primazia da Beleza !

(Refrão)

É Ita, essa Cidade,
Onde a Felicidade,
É Fonte de Inspiração...
Uma Chama que Propaga,
Que Emana e não se Apaga,
E Ilumina a Criação.... !

Sendas das Veias da História,
Lendas das Teias da Memória,
Dos Tempos Ancestrais...
Virgens Ninfas em Cortejos,
Vertigens de Desejos,
De Deuses e Mortais...

Refrão

Como uma Deusa da Luz,
Hoje Itá nos Seduz,
Com suas Águas Termais....
Uma Arcádia de Montes,
Fontes, e Horizontes,
(Belezas Naturais...!]

GAMBOA DO SAMBA !

Exaltação
Autor: João Paulo Dantas


"Valongo, Truque do Santo Cristo à Virtude que Descamba
na Gamboa, Misto de Jongo que Ressoa o Louvor da
Encantaria na Magnitude que Entoa o Batuque do
Tambor da Alegria, à Saúde do Bamba da
Folia na Magia da Fantasia da
Cidade do Samba..."

Amazônia !

Reflexão
Autor: João Paulo Dantas

"Amazônia !
Suas veias são sendas de cadeias de fendas ancestrais,
mananciais de infinitas oferendas de lendas e mitos nas
teias das aldeias emergentes, em ritos de legendas de
conflitos e contentas permanentes".

WEB JORNALISMO: PAPEL CIBERNÉTICO !

Artigo
João Paulo Dantas

Os discípulos de Tio San, sempre seguros das evoluções lógicas, descobrem o amanhã do que seriam os futuros sites, cujos byts hoje dominam e ensinam as novas gerações tecnológicas.

Ao estilo de façam como eu faço, o Times dá o primeiro passo, e em seguida os outros jornais também aderem ao Ciberespaço, em uma seqüência de revoluções pós Gutemberg, sem menestréis. E um novo império se ergue à base de linhas virtuais, e não mais com sólidos papéis.

Desde a primeira experiência, do que seria a essência das notícias computadorizadas, há quase quatro décadas passadas, o jornal deu o aval para essa nova ciência, que hoje é real e tornou a notícia virtual.

Na rede, que é uma parede invisível, e sem fim; é possível, sim, se ter excelência em notícia webjornalística, até com prevalência holística genial, o que, normalmente, é raridade no jornalismo convencional. E a automação da revolução “webnística” virtual, tornou realística a contra-mão da evolução jornalística atual: ficaram velhos o rádio, a televisão e o jornal. Menos mal, pois isso é um aval para quem digita e gravita por uma rede infinita, já que ela o possibilita ir além da velha escrita, neolítica e ancestral, do tempo parietal.

Portanto, do primário sinal, genes da antiguidade, que na China de T´sai Lun iluminou a humanidade, até ao encanto da interatividade do contexto atual “internértico”, o hipertexto é o virtual papel cibernético.

A BESTA-FERA TOTALITÁRIA !

Mini-Teatro
Autor: João Paulo

Quadro 1: Preparando a Cena
Descrição cênica do quadro: Personagens entram na sala de aula, e vão falando o texto enquanto arrumam as carteiras, em semi-circulo. Dentro do semi-círculo, uma cadeira, mais à frente, e outras três, mais atrás. Nas cadeiras do semi-circulo vão estar sete cadeiras (quatro ficarão vazias). Nas quatro cadeiras da frente estarão: réu, promotor, juiz e advogado de defesa. Os “jurados” usam figurino normal; juiz, promotor ou advogado, usam togas. O tempo de “construção” do cenário, deve ter o mesmo tempo dos diálogos, para os dois terminarem simultaneamente.
Diálogos do Quadro:
Personagem 1
E ai, pessoal !
Então, vamos de Teatro do Oprimido, mesmo?

Personagem 2
Não, Teatro do Oprimido, não. É dos “espremidos”. O “profe”, com esse trabalho, espremeu nossas cérebros. Aff !

Personagem 3 (rindo)
Tem “QI” esparramado pra tudo que é canto até agora...

Personagem 4
Tá, tai um “gancho” pra gente, pelo menos, tentar começar essa joça. Digaê, você que espremeu o teatro. Que raio é esse de teatro do oprimido?
Personagem 1 (rindo)
Eita, agora o melhor mesmo seria dizer como o Ratinho “borá pra frente; pula essa parte”. Mas, dado o meu alto grau zero de conhecimento dos mistérios da dramaturgia, vou tentar resumir essa bagaça. Porém, pra tanto, preciso do auxílio do QI que sobrou do esparramo geral. Com a palavra minha colega aqui, que tem mais neurônios pra decorar texto:

Colega
Sobrou pra loira! Tá, em resumo, essa história de Teatro do Oprimido, sobre o qual o colega não falou, segundo Augusto Boal, o pai da matéria, quer dizer, mais ou menos, o seguinte: “aquele que transforma as palavras em versos, transforma-se em poeta; aquele que transforma o barro em estátua, transforma-se em escultor; e ao transformar as relações sociais e humanas apresentadas em uma cena de teatro, transforma-se em cidadão”
Personagem 6
Porra, meu ! (todos riem, pelo menos né)

Personagem 2
Isso é o que eu gostaria de ser..

Todos (espantados)
Ahhhhhhhhhhhhhh!

Personagem 2
Calma, gente. Acho que vocês entenderam mal. Eu to dizendo que gostaria de ser esse personagem “seis”, que até agora só disse: Porra, meu !

Personagem 3 (rindo)
Ah, bom. Pensei que gostarias de ser o produto, em si.

Personagem 4
Bom, mas voltando às vacas magras. Ou melhor: recompondo a cena. Vamos usar, então, a técnica do Teatro do Oprimido, é isso?

Personagem 5
Olha, gente, é bastante complexa essa história de teatro do oprimido, mas dado ao tema proposto (Estado Totalitário), vamos ter que vender esse peixe pescando nesse poço profundo...

Personagem 2
Ave Maria !

Personagem 3
O que foi, “dois” ?

Personagem 2
Tá explicado agora porque o “cinco” não tinha falado ainda... Pensei que era esquecimento do autor. Mas, não. É que, dizem, que os mais inteligentes escutam mais, e falam menos.

Personagem 5
Ok, menos, Batista! Mas, só pra contextualizar, e pra não ficar conversa de doido com maluco em dia de festa das bruxas em manicômio.

Personagem 1
Aí, é a treva !

Personagem 5
Teatro do Oprimido é um método teatral que reúne Exercícios, Jogos e Técnicas Teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal.

Personagem 2
Aí, é o Google !

Personagem 3
É Wikipédia, pura !

Personagem 4
Deixem o “cinco” exercitar sua sapiência, gente !

Personagem 5
Esse tal de Boal, figurinha carimbada dos anos sessenta e setenta, fazia teatro pras Ligas Camponesas, na época da Ditadura.

Colega
Ah, eu li sobre isso. Dizem que após um espetáculo, um camponês convidou o grupo dele para uma ação contra uns jagunços de uns fazendeiros, e eles pipocaram.

Personagem 5
Pois é. Ai, o Boal, que sacava rápido as coisas, pensou: estamos incentivando os sem terra a lutarem, e não lutamos. Então, algo precisa ser feito...E aí nasceu o teatro do Diálogo, e não o teatro do Monólogo.

Personagem 6 (rindo)
Então, o “profe” que nos aguarde...!

Corta (Desce Luz na Preparação da Cena; Sobe Luz no Tribunal )

Quadro 2 – Tribunal do Juri
Descrição Cênica do Quadro: Uma formação de “plenário”, como se fosse um Tribunal de Juri. Cadeiras para Juiz, Advogado, Promotor, Réu e Jurados (três, apenas).

Juiz:
Em conformidade com a Lei, damos por aberta essa Sessão do Tribunal do Juri. Que adentre o Réu; a Besta-Fera Totalitária...

Besta-Fera Totalitária:
Sou inocente, Excelência !

Juiz:
Cale-se ! Que adentrem o Promotor, o Advogado de Defesa e o Corpo de Jurados.
(Entram o Promotor, o Advogado e os Jurados. Só que, ao invés de sete, entram só três: o Cego, o Surdo e o Mudo)

Juiz:
Em julgamento, nessa sessão, a Besta-Fera Totalitária, pelos crimes que seguem: Poderes concentrados, não permitindo a prática da democracia; Restrição das garantias aos direitos individuais; Sistema judiciário e legislativo, às margens do poder; Uso da força militar como forma de repressão; Proibição de eleições; Censura e Controle dos meios de comunicação; e Propaganda de exaltação da Besta-Fera Totalitária.

Promotor:
Excelência, já há provas suficientes nos autos, e na história, para condenarmos, de antemão, a Besta-Fera Totalitária, sem maiores delongas.

Advogado:
Desculpem-nos, senhores. Há um equívoco aqui da Promotoria. Excelência, com vossa permissão, eu gostaria de discorrer, brevemente, sobre os benefícios de um governo dito totalitário; expressão essa com a qual, diga-se de passagem, não concordo.

Juiz:
Dr, por “questão de ordem”, e mesmo diante da clarividência do que aqui se vê, desses que se dizem, oficialmente, Conselho de Sentença, gostaria de, pelos menos, qualificá-los perante esse Tribunal, mesmo isso não sendo uma praxe forense.

Advogado:
Pois não, Excelência!

Surdo: (tampão nos ouvidos)
Apesar de ouvir muito bem, sou surdo por conveniência. Não ouço o clamor dos oprimidos e os pedidos de justiça dos injustiçados e explorados. E esse tampão, em muito me auxilia....

Cego: (Venda nos olhos)
Tenho dois olhos, que brilham e não são defeituosos. Uso, entretanto, esta venda para nada ver e nada testemunhar com o brilho dos meus olhos omissos....

Mudo (Tirando a mordaça)
Vejam ! Tenho boca, sim. Prefiro, no entanto, usar, deliberadamente, esta mordaça. Com ela não preciso denunciar injustiças, nem apontar soluções...

Juiz:
É, pelo que vejo, porém, de nada adiantaria chamarmos mais quatro jurados; se forem a exemplos desses que ai estão. Logo, proponho que todos os senhores, e o senhor, especialmente (indicando para a “platéia”, e de forma mais incisiva para o Professor), sejam o nosso verdadeiro Conselho de Sentença.

Advogado:
A Besta, digo, o meu cliente, senhoras e senhores, é totalmente inocente dessas acusações; senão, vejamos: Concentrar poder é assegurar benefícios para o povo, evitando-se ordens divergentes; Democracia só é bonita no papel, porque na hora do voto, é um Deus-nos-Acuda; é um Salve-se Quem Puder, é um Toma-Lá-Dá-Cá. Portanto, eleição não vale a pena; só desagrega. Garantias de Direitos Individuais? Pra que? Basta que seja garantida a vontade do governo, em nome de todos. Judiciário e Legislativo, pra que, também? Pra termos juízes vendendo sentença e deputados comprando voto? Não, não. É muito mais prático um só dizer o que tem que ser feito, e pronto. Censura e repressão? Nada mais justo. Pra que deixar esses aloprados da imprensa falando o que bem entendem? E um bando de Anarquistas, sem graças a Deus, infernizando a todos com badernas nas ruas? Polícia neles! Então, os chamados democratas só querem é uma boquinha do poder. E o que dizer dos anarquistas, então? Fala sério, né. Nunca, na história desse país, se soube que o anarquismo resolveu alguma coisa...Aliás, na verdade, nunca houve, sequer, uma experiência anarquista...

Promotor:
Alto, lá, Dr. Não vou vestir a carapuça de ignorante histórico, não. Ainda mais, no caso específico. Já que foi em Santa Catarina que ocorreu, de fato, talvez, a primeira experiência anarquista da história mundial. E, se vossa excelência não sabe, foi às margens da Bahia da Babitonga, em São Francisco do Sul. Eram as colônias do Falanstério do Saí, e a Colônia do Palmital.

Personagem 2 (abandonando o formalismo do ambiente forense, e se projetando mais pra fora da cena; retomando a descontração inicial, enquanto que juiz, promotor e advogado ficam “congelados”)

Eita, que agora o bicho pegou, vai sobrar pro Bakunin e o Tolstoi.

Personagem 3 (no mesmo tom, e também se projetando pra fora da cena formal).
Bakun, quem?????

Personagem 5
Mikhail Bakunin e Leon Tolstoi, dois propagadores do movimento anarquista mundo afora, com base nas idéias de Willian Godwin, "o primeiro a formular as concepções políticas e econômicas do anarquismo”.

Personagem 6
Eita, que o “cinco” é uma Wikipédia ambulante, de braço dado com o Google.

Juiz: (juiz, promotor e advogados se “descongelando”)
Muito bem, senhor Promotor. O assunto foge dos autos, mas é pertinente, até porque, o próprio anarquismo é uma das vítimas do totalitarismo. E a abordagem até contribui para consagrar a pena máxima para o totalitarismo, que por certo virá do Conselho de Sentença.

Promotor:
É verdade, excelência. Até porque a máxima do Anarquismo é acreditar no socialismo sem ditadura, defendendo a liberdade e a abolição do Estado. Aliás, por falar em Ditadura, foi a dita cuja aqui no Brasil que massacrou também o embrião do movimento anarquista nacional.

Advogado
Mas, excelência, retomando aos autos: aqui não há crime algum a ser julgado. E, em não havendo, peço a absolvição da Best..., digo, do meu cliente.

Corte (Desce Luz em Julgamento; Sobe Luz em Sentença)

Quadro 3 – Sentença Final
Descrição Cênica do Quadro: Juiz,levantando-se de sua cadeira, vai até o professor, e o conduz ao centro do “plenário”.

Juiz:
Nesse Tribunal, uma vez mais o Conselho de Sentença fez o seu julgamento. Antes, porém, da leitura da sentença final, esse juízo quer ouvir a confirmação dos malefícios do Totalitarismo, e a sua evolução histórica, e a versão de Estado, segundo os Anarquistas. Trinta segundos, para a abordagem do professor .......................mentor desse processo.

Personagem 1 (voltando a descontração inicial, se sobressai do grupo, dando um passo à frente, e virando-se para a platéia, diz:)

Aff ! Agora é o “Se vira nos trinta”. A vingança maligna de Augusto Boal...

Professor: (trinta segundos - Resume historicamente os regimes totalitários e anarquistas)

Juiz: (Voltando à sua cadeira)
Neste Tribunal, onde imperam a lei e a justiça, o Conselho de Sentença fez seu julgamento, e por unanimidade de votos, sopesada as provas, houve por bem condenar o réu à pena máxima: a decapitação da fera...

Coro (todos, abaixam a cabeça, inclusive o juiz, e falam o texto em tom de ladainha)
Aí dos que fazem do poder absoluto, o seu Deus, o seu Senhor; e bebem sem piedade o sangue do povo sofredor. Conduzido a juízo, num julgamento preciso, perderá o paraíso, que por muito tempo foi templo explorador. O poder só tem sentido, quando o clamor do oprimido é prontamente atendido contra as garras da opressão. Queremos só a justiça, queremos só a verdade, que a lei jamais seja omissa, venha a nós a Liberdade...Amém !
A BESTA-FERA TOTALITÁRIA
Criação: João Paulo

Pastor (alguém que sai do coro, já com “figurino de pastor”)
... e vi levantar-se do mar uma Besta, que tinha sete cabeças e dez cornos, e sobre os seus cornos dez diademas e sobre estes, nomes de blasfêmia...!

Música:
(Música cantada por todos, com auxílio de aparelho de som, enquanto o grupo vai recompondo as carteiras em seus respectivos lugares, desfazendo o “Tribunal do Juri”).

Quando um muro separa, uma ponte une... Se a vingança encara, o remorso pune...Você vem e me agarra, alguém vem e me solta... Você vai na marra, e um dia volta.. E se a força é sua, ela um dia é nossa... Olha o muro, olha a ponte, olha o dia de ontem chegando, que medo você tem de nós....Você corta um verso, eu escrevo outro...Você me prende vivo, eu escapo morto...De repente olha eu de novo, perturbando a paz, exigindo o troco... O muro caiu, olha a ponte da liberdade guardiã, no braço do Cristo horizonte, abraço do dia de amanhã, olha aí....


Fim !

ÁGORA, É AQUI - DEMOCRACIA É ISSO AI !

Mini-Teatro

Autor: João Paulo

Quadro 1: Preparando a Cena
Descrição cênica do quadro: Personagens entram na sala de aula, e vão falando o texto enquanto arrumam as carteiras, em circulo, ficando algumas no meio. Sob essas cadeiras do meio, elementos que remetem à Grécia antiga (pode ser objetos com volume, desenhos, gravuras, etc). O ideal seria uma “réplica” de um Monumento grego; em papel, e em tamanho expressivo.

Diálogos do Quadro

Personagem 1 (acentuando bem a acentuação)
Ágora, então é aqui....

Personagem 2
Ágora? Você não quer dizer agora ?

Personagem 1
Não, não. É Ágora, mesmo. Não estou me referindo há tempo, mas a local. Ágora era uma praça de Atenas.. Ela foi o berço da Democracia no mundo...
Personagem 3
Bom, mas olhando por outro lado, pode ser de tempo também, né. Porque, pelo visto, a tal da Democracia já é bem velhinha...
Personagem 1
A bem da verdade, data de algumas centenas de anos antes de Cristo...
Personagem 4 (fazendo o sinal da cruz)
Valei-me, Senhor. Deus é mais !
Personagem 5
Mas, Ágora, agora é agora, gente. Então, antigüidades à parte; vamos eleger, democraticamente, o nosso “Pai da Matéria”, literalmente.
Personagem 6
É, aquele que vai “reinar absoluto” como personagem principal.
Personagem 2
Reinar, não é de bom tom, no caso específico. Ele vai liderar o processo, digamos assim.
Personagem 3
O meu voto vai pro Um. Por mim, a partir de agora, Ágora é com ele, mesmo.
Personagem 2
Uai, mas na democracia o voto não é secreto?
Personagem 1
É, não é bem assim, generalizadamente. Mas, no nosso caso é; então aqui também vai ser. Voto secreto...
Personagem 3
Será que por intermédio de um Pai-de-Santo forte não vai ter Senador baiano querendo fraudar o painel?
Personagem 4
Bora então, gente, à nossa eleição. Urna e cédulas, por favor.
(Faz-se a votação, com cada um colocando o seu voto na Urna).
Personagem 1
E atenção para o Escrutínio...

Personagem 2
Escru, o que?
Persoangem 1 (ordenando ao 4)
Bora, pra frente !
Personagem 4 (Contando os votos)
Um; um voto. Um; dois votos. Um; três votos. Um; quatro votos. Um; cinco votos. Um; seis votos.
Personagem 3
Caracas. Nunca na história desse país alguém se elegeu assim, com todos os votos...Unanimidade total !
Personagem 6 (rindo)
É, mas é bom a gente não esquecer Nelson Rodrigues. Segundo ele, toda unanimidade é burra.
Personagem 1
Bom, diante dessa avalanche de votos, não me resta alternativa, a não ser assumir o papel. Portanto, eu prometo (já que não tive tempo de prometer na campanha): eu serei o “Democracildo” da esquete.
Personagem 5
Democracildo... Hum, isso me lembra “cacildário”....
Personagem 6
Cacildes !
Personagem 4 (rindo)
Epa, aí já é o Mussum. E não o Senador...
(Corte: Desce Luz em Preparação – Sobe Luz em Quadro 2 – Democracia em Cena)


Quadro 2: DEMOCRACIA EM CENA
Descrição cênica do quadro: O Cenário passa a idéia de um Plenário, na mesa principal Democarcildo, com um figurino misto de Aristóteles e José Sarney. Os outros personagens ficam no “Plenário”; sentados.

Democracildo (Filosofando a La Aristóteles, mas com trejeitos e sotaque de José Sarney).)
Já dizia Aristóteles, ao classificar as formas de Governo: Democracia é a pior das formas boas. Porém, é a melhor entre as variedades más!
Personagem 4 (rindo, e virando-se para a “platéia”)
Abriram as portas do inferno; quer dizer, do Senado... Não demora muito e vai ter merchan de “Marimbodos de Fogo” !
Personagem 3
Ué, por que? O tema não é futebol e, até onde eu sei, o Milton Neves não tem nada a ver com o Maranhão.
Personagem 4
Muito menos com a Academia Brasileira de Letras...
Democracildo (metendo bronca)
Parou geral! Olha o “Decoro Parlamentar”, gente. Cada um, agora, representando o seu papel. Eu disse agora. E não Ágora, viu!
Personagem 2 (virando-se para o público)
Se nem me explicaram o que era o tal do Escru, não sei o que, magina se vou perguntar agora, ou ágora, sei lá, o que é Democracia? Então vou de Tiririca: quando eu aprender, eu digo pra todo mundo.
Personagem 5
Demo...

Personagem 4 (intervindo, e fazendo o sinal da Cruz)
Valei-me, Senhor. Deus é mais. Cruz credo !
Personagem 5
Calma, mulher. Demo, quer dizer Povo, e Kracia, quer dizer Governo. Logo, Democracia quer dizer Governo do Povo.
Personagem 3
Há, na atualidade, diversas formas de Democracia. Porém, prevalecem, com mais ênfase, a direta e a indireta.
Personagem 2
Na democracia direta, o povo pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou administrativos de sua Cidade, do seu Estado ou do seu País. Não existem intermediários, tipo assim deputados, senadores, vereadores...
Personagem 4
Ô maravilha...Benza a Deus !
Personagem 3
É, mas no Brasil, essa não dá, não. É muita gente pra votar. Lá na Grécia era moleza. Era só dez por cento da população que tinha direito a voto. E, pelo visto só tinha Atenas, né. Então, era só meter todo mundo dentro do “Silveirão” deles.
Personagem 4
Você quer dizer, Panteão?
Personagem 3
É por ai....

Personagem 6
Na democracia indireta, o povo também participa, porém através do voto, elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores). Esta forma também é conhecida como democracia representativa.
Personagem 2 (indo ao encontro da platéia)
Ô psiti ! Quebrando o script. Então por que a gente viu um monte de gente pedindo Diretas, Já? Se era pra ser Diretas, porque fizemos as indiretas ?
Personagem 4
É, tai. A nossa “Diretas, Já” viraram indiretas... E, agora ou ágora, sei lá, estamos sendo roubados indiretamente...
Democracildo (baixando o centralismo democrático)
Gente, picadeiro é pra comédia. Não vou permitir palhaçada aqui. Até o Biribinha já não faz mais circo. Agora é só Teatro Alfredo Sigwal, em Joaçaba. E o nosso papel aqui é outro. Portanto, sem comédia e sem drama, e muito menos palhaçada !
Personagem 4
É, gente. Palhaçada só em Brasília.
Personagem 2
Só, é? Você já assistiu, por acaso, uma Sessão da Câmara de Vereadores?
Personagem 4
Aff. Valei-me,Senhor. É a treva !
(Corte – Desce Luz em Democracia em Cena – Sob Luz em Tele-Aula Terceiro Grau).

Quadro 3: TELE AULA TERCEIRO GRAU
Descrição cênica do quadro: Uma TV de Papelão, com recorte onde seria o vídeo, por onde os personagens atuam.

Personagem 1
Antes do nosso horário eleitoral gratuito; umas tele-aulinhas de terceiro grau sobre essa senhora Democracia...
Personagem 2
A Democracia, como a conhecemos, tornou-se fortalecida no período das revoluções burguesas do século 18; da Revolução Francesa; e a Independência dos Estados Unidos.
Personagem 3
No período Jacobino, o voto já era universal.
Personagem 4
No Brasil, a Democracia é recente, e conturbada. De 1889 até aqui, foram alguns períodos de altos e baixos. As rupturas foram em 1922, 1930, 1937, 1945 e 1964.
(Corte – Desce Luz em Teleaula – Sob Luz em Congresso Nacional – Trilha sonora do Hino Nacional)
Democracildo (Agora a la Ulisses Guimarães, erguendo um exemplar da Constituição 88, e discursando).
Não é a Constituição perfeita. Se fosse perfeita não seria reformável. Ela própria, com humildade e realismo, admite ser remendada e emendada. Não é a Constituição perfeita, mas é útil; é pioneira; desbravadora. Será a luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados. Mudar para vencer. Muda Brasil !

Todos

Viva. Viva a Democracia !
Democracildo (desencarnando o personagem Ulisses, e virando-se para o personagem 2)
Ah, finalmente pra esclarecer o seu Escrutínio: Embora muitas vezes utilizados como sinônimos, voto, escrutínio e sufrágio possuem significados diferentes. Sufrágio é o direito de votar e de ser votado; Voto é a forma de exercer o direito ao sufrágio; e Escrutínio é a forma como se pratica o voto.

Todos
(Aplausos finais)

Salve, Salve Presidentes: Baluartes Dirigentes !

Samba de Enredo Exaltação

Salve, Salve Presidentes:
Baluartes Dirigentes !

Autor: João Paulo Dantas


Foi o Totonho o Primeiro Presidente,
Pioneiro; Emergente!
Depois Veio o João Silva e o Mário
Serafin. E o Berçário Foi Assim;
(Genial...)
Era o Início do Nosso Carnaval

A Festa Então Logo Decola,
Eram Tempos de Glória,
Vitória, Afinal !
E Num Eterno Sobe e Desce,
Um Lembra, Outro Esquece,
Mas a Escola Faz a História do Carnaval.

A Luta Tem Preço e Houve Tropeço,
Mas, Enfim, Não Era o Fim...
E o Recomeço Foi o Que Valeu...
O Jorge Assumiu, o Carneiro Prosseguiu,
E o Carnaval Nunca Mais Morreu!

(Refrão)

Salve, Salve Seu Jorge;
Pitoresco; Pioneiro Presidente,
(Guerreiro, Valente),
Carnavalesco, Eternamente!

A Escola Virou Quilombola,
Batuque de Angola,
(Herança do Gongo...!)
E na Presidência,
Com Persistência,
Assumiu Osvaldo Colombo.

Cilon e Preto,
Som Próprio de Soneto,
Dueto Presidente...!
Cada Um, Uma Semente,
Avalon do Mesmo Gueto.

O Tempo Não Pára,
A Escola Trabalha,
Batalha e Segue Em Frente,
Renova e Inova,
E Prova Que é Diferente,
Suzana e Tecla,
(Competentes...!)
São as Primeiras Mulheres Presidentes.

(Refrão)

Salve, Salve Azul e Branco,
Manto Santo do Meu Canto,
Salve, Salve Presidentes,
Baluartes Dirigentes,
Estandartes Expoentes,
Vertentes do Meu Encanto.

(Mas Foi...)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

música: RAP DO PAPEL

Rap do Papel
Autor: João Paulo

Madeira, Cavaco, Polpa e Fibra;
Prensador ! Vibra, vibra),
Tritura e faz a mistura;
Branqueia a tintura;
Amacia a folha dura;
Calibra, recria a Gramatura,
Papel ! Revelador de aventura),
T´Sai Lun, criador;
Pai da criatura ! (bis)

Toras, tambor, cozimento, licor;
Digestor, prensa; espreme, (treme, treme);
Secagem, Embalagem, Papel; Papelão,
Bobina , Cartolina, Kraft, forte; alemão.
A teia, bombeia, sangue bom, na veia;
Vapor, Evaporação...Celulose; metamorfose,
Apoteose da criação).

LILI MARLEEN

Música: Lili Marlene
Versão: João Paulo )

Quando certo dia deixei a minha terra,
Para no além mar tomar parte da guerra,
Contra o inimigo eu fui lutar...
E embarquei sem esquecer,
De ti, Lili Marlene (bis).

Desse combate não tinha como negar,
Pois lá na guerra dispus-me a lutar,
Quantas mazelas nela eu vi,
E de sol a sol muito eu sofri....
Sem ti, Lili Marlene (bis).

Quanta tristeza e quanta agonia,
Chuva e frio de noite e de dia,
Mas meu amor ele só cresceu...
E a lembrança fortaleceu,
A mim, Lili Marlene (bis).

Volto à Pátria com os louros da vitória,
Após ter escrito uma página na história,
Por ti a paz eu conquistei...
E para o meu lar, eu voltarei,
Contigo, Lili Marlene (bis)

POR TI, COMUNIDADE

Música
Por Ti, Comunidade
Criação: João Paulo

Quando a Irani chegou nessa campina,
Para instalar, a sua grande Usina,
Aqui ela plantou, e fez nascer...
Um belo futuro, sem esquecer,
De ti, comunidade (bis)

Desde aquele dia, aqui é só progresso,
E essa terra, merece esse sucesso,
Só tem amigos, e muita paz...
E aqui se faz, felicidade,
Por ti, comunidade (bis)

Toda essa beleza, toda essa magia
fazem da Irani a nossa alegria,
E o seu papel, não é segredo,
É um enredo; realidade....
Por ti, comunidade (bis)

Hoje a Irani tem os louros da vitória,
Após ter escrito, uma página da história,
Sonhou e venceu, plantou e colheu...
E mereceu essa amizade,
Te ti, Comunidade (bis).
Música
Futuro de Sonhos
Criação: João Paulo


Com os feitos das histórias passadas...
Os meninos da Campina da Alegria...
Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas...
E nos céus descobrem estrelas que são guias...

(Os meninos dessa vasta Campina...
Hão de entender coisas de sonho e de verdade...
Vão aprender como a história lhes ensina...
A ter futuro e também felicidade...)

Cada imagem desse tempo é uma pintura...
Uma aventura na viagem da memória...
E a herança é paisagem que emoldura...
A lembrança de cada ato dessa história... (
E a herança é paisagem que emoldura...
A lembrança de cada ato dessa história). (bis)

Os meninos dessa vasta Campina...
Hão de entender coisas de sonho e de verdade...
Vão aprender como a história lhes ensina...
A ter futuro e também felicidade...) (bis)

O que somos são os sonhos que sonhamos...
Um faz de conta que aponta outro sonhar...
A auto-estima se aproxima do aprender...
É bom saber também a hora de escutar...
Mas, os meninos da Campina da Alegria...
Hão de aprender fazer história e ensinar. (bis)

{Essas imagens exaltam a Campina... E a sua Usina nos deixa um legado... Nos ensina a entender que o futuro... É mais seguro pra quem preserva o passado...) (bis)

Açoite de Vento

Música: Açoite de Vento
Autor: João Paulo Dantas



Enquanto a fábrica se erguia... Nos clarões dos pinheirais... Bravamente foi se bordando... Essas fronteiras naturais... E contornando as barreiras...
Das cordilheiras e mananciais...
Ouvia-se o som dos açoites, Nas noites de vendavais....(bis)

O som dos açoites... De noite e de dia... Varria as clareiras... E o vento zumbia... E a ventania varava as vertentes... Mas, por mais que assustasse...
Era um vento atraente ! (bis)

Mulheres na descascaria... Vinha a tona a lembrança... Pois a verdadeira instância... Não era mais a serraria... E a maquinaria, a essa altura...
Fez-se moldura também... Gravando ali a tintura, Na tritura do vai-e-vem.

O som dos açoites... De noite e de dia... Varria as clareiras... E o vento zumbia... E a ventania varava as vertentes... Mas, por mais que assustasse...
Era um vento atraente ! (bis)

O destino e a sorte... Logo, então, se cruzariam... Na Campina da Alegria...
Uma forte emoção nascia... Foi, enfim, a redenção... E a comunidade vibrou...
Os gritos ecoaram o sucesso... E o progresso não parou... (bis).

O som dos açoites... De noite e de dia... Varria as clareiras... E o vento zumbia... E a ventania varava as vertentes... Mas, por mais que assustasse...
Era um vento atraente ! (bis)

Amazônia: Torrente de Segredo !

“A Amazônia é uma torrente de segredo, e com certeza não cabe no resumo de um
enredo ou na melodia de um samba, porque a energia que dela emana, é o
supra sumo da calma, que irradia uma singeleza envolvente que
descamba rumo ao planeta água e deságua na vertente da
insônia que enxágua a natureza da alma da gente” !

(João Paulo Dantas)

Amazônia: do Jardim da Floresta ao Paraíso da Festa

Samba Exaltação: Do Jardim da Floresta ao Paraíso da Festa
Autor: João Paulo Dantas


(Entre os rios...!)

Entre os rios da Amazônia há uma lenda que desvenda, um enredo do passado, que era um grande segredo, e que por medo foi muito bem guardado.
Ali, a vida era uma cadeia de magia, onde a lua cheia fazia a sua ceia e a alegria das Sereias. (das Sereias...)

Nos Igarapés, Curuanãs e com eles Cunhatãs ao luar, sorrindo e garimpando Muiraquitãs, fazendo o Amazonas brilhar.

Piracemas, Botos, mitos, ritos de outras dimensões, Vitória Régia e Boitatá, e o Rio Negro a encontrar, as águas do Solimões.

Entre Gnomos e Duendes, Chico Mendes já viveu; Mataram o homem, mas o tema não morreu. Então, dê o seu grito, que esse lema agora é seu: Preservar é preciso, o Paraíso que o Mito defendeu.

(Mas foi...!)

Foi bem antes da colonização que os navegadores...se aventuraram e exploraram essa imponente...“Civilização Eldorada” e na extração das novas eras, a Borracha foi transformada...a floresta entre festa e cautela, modela a Manôa encantada, no Teatro Deus Apollo nos revela a Aquarela em pintura afrancesada.

Despertam Ribeirinhos que o “Gaiola” vai passar, o Comboio vai partir, rio acima navegar, Quem quiser pode subir; o Bumbá vai começar, São os Bois de Parintins
e os Curumins do Grão-Pará.

Verdão, Campeão - Chapecoense, Uma Nação !

Samba:
Verdão, Campeão – Chapecoense, uma Nação !
Letra e Melodia:
João Paulo & Vinícius Nagem
Intérprete:
Ciro Morais
Escola:
Kizomba – Itá SC


Extra, extra – Sensacional,
O meu “Verdão” virou manchete
de Jornal, Sou Chapecoense, campeão do estadual,
E nossa história vai ganhar o carnaval...

Guerreiras de Condá, pisando forte na passarela,
meninas valentes, orgulho da gente...
a lança empunhada na paz e na guerra.

Itaoca, criou raízes na cultura milenar,
Kaingangue, fez nascer a nossa história,
E o principio que iria nos guiar...
Assim,ressurge a lenda de Kame e Kairu
Na terra vermelha, o homem escreve no chão,
Imigrantes e nativos iniciam a construção;
Sol e Lua em perfeita união.

(E hoje tem...)
Hoje tem festa na Oca,
Está na hora do Condá balançar, (BIS)
A Arena é nossa Toca,
Meu indiozinho hoje o bicho vai pegar.

Ita representa a nossa história,
Um craque guardado na memória,
Nossa torcida vem aqui pra te saudar,
Caciques, dirigentes, baianas, artistas,
Nesse momento a Kizomba é a Nação,
De mãos dadas nessa festa popular,
Flecha neles, prá vitória conquistar.

Extra, extra – Sensacional,
O meu “Verdão” virou manchete
de Jornal, Sou Chapecoense, campeão do estadual,
E nossa história vai ganhar o carnaval...