sexta-feira, 3 de abril de 2009

TRAUMAS DE PACIENTES SÃO OSSOS DO OFÍCIO

A população da região, em geral a pobre, é claro, já está quase na UTI do atendimento médico-hospitalar, o que é muito grave. E o entrave, ao que parece, é mal generalizado e já quase sem cura, e disseminado em várias especialidades existentes, a julgar pelas reclamações dos, de fato, pacientes.

O termômetro que mede a temperatura, acumula queda brusca e ofusca a cura do mal, que estaria mais na ineficiência do quadro profissional do que, propriamente, na estrutura operacional, o que já configura uma emergência. E a bula confidencia sintomas automáticos: o calo maior está na ortopedia, área em que não são raros os casos sempre traumáticos. A maioria dos atendimentos é emergencial, feita sob grande pressão emocional e, muitas vezes, trata-se de acidentados, o que deixa vítimas, enfermeiras e os médicos, atordoados. Nessa condição, então, qualquer desatenção pela equipe de plantão, pode ser, erroneamente, vista como um atendimento não eficiente, e desagradar familiares e paciente.

A outra grande agonia é a Pediatria, onde há sérios dilemas, com situações extremas de gravidade, aumentando a diversidade de problemas enfrentados no dia-a-dia, por médicos e enfermeiras, o que os deixam à beira de um precipício, e o cumprimento do ofício torna-se um martírio, uma espécie de delírio coletivo que destrói o senso afetivo, tornando-os insensíveis diante da dor alheia, o que semeia insatisfações visíveis nessas situações.

Essas observações têm por base as constantes reclamações dos reféns do sistema público de saúde, que a cada dia mais desilude os pacientes, com ações incoerentes e desagradáveis, detestáveis e negligentes, já que o alto grau de insatisfação da clientela revela que o mal tem profundas raízes, matizes de uma histórica negligência, aliada a uma retórica incompetência generalizada.

A melhor medicação para a solução dessa realidade, como prevenção e necessidade, é o divã de um analista de qualidade, especialista em relações humanas, porque as ações desumanas grassam pelos corredores dos hospitais, com médicos e enfermeiros mais parecendo abatedores em plena atividade.

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